OS PAIS ENVELHECEM
Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana seja a de ter um filho.
Plena de emoções, por vezes angustiante, ser pai ou mãe é provar os limites que constituem o sal e o mel do ato de amar alguém.
Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade, seus imensos olhos, sua inocência e graça.
Basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor. Um sorriso é capaz de abrir as portas de um paraíso.
Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional. Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos. E retribuem com gestos que enternecem..
Mas os anos passam e os filhos crescem. Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões. Trilham novos rumos, afastam-se da matriz.
O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem.
Envelhecemos. E então algo começa a mudar.
Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes. Parece que agora só os ouvem para fazer críticas, reclamar, apontar falhas.
Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância e isso é uma dor imensa para os pais.
Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho.
É quando pais, idosos, dizem para si mesmos: Que fiz eu? Por que o encanto acabou? Por que meu filho já não me tem como seu herói particular?
Apenas passaram-se alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida.
Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mas impertinente.
Praticamente não ouvem mais os conselhos.
A cada dia demonstram mais impaciência. Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas.
Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas.
E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes.
Quanto mais envelhecem os pais, mais os filhos assumem o controle.
Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer ou o que desejam comer e beber. Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente.
Passeios, comida, roupas, médicos - tudo passa a ser decidido pelos filhos.
E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente. Por que então desrespeitá-los?
Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento?
Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais, trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão.
E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor.
Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia.
* * *
A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação. Um dia, o velho pai já não estará aqui.
O cheiro familiar da mãe estará ausente. As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama, os chinelos em um canto qualquer da casa.
Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios, quando falam interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo.
Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas) e dê-lhes atenção, afeto...
Acredite: dentro daquele velho coração, brotarão todas as flores da esperança e da alegria.
Pq sera q é dificil pra gente aceitar isso???????????
Recebi essa mensagem de uma amiga.Não sei a autoria...se for de seu conhecimento,por favor me avise.
3 comentários:
Oi, Nena!
Que lindo texto!!!!!
Infelizmente é a mais pura verdade.
Interessante que antigamente não era assim.
Na nossa época não era assim.
Existia uma coisinha chamada respeito que hoje em dia esta escasso.
Aqui, quebro o pau, mas não aceito desrespeito.
Quanto mais frouxa a educação dos filhos maiores os desafouros.
Minha avó sempre repetia um dito popular:
"Quanto mais gosto fazes mais desgotos terás".
É a mais pura verdade!
Filho tem que ser criado com muito amor e carinho, mas na rédea curta.
Não me esqueço de um fato.
Convidei 3 casais de amigos nossos para passar uns dias na chácara do meu pai.
Meu pai sempre gostou de beber.
Porém nunca agrediu ninguem.
Só ficava mais alegre e repetindo as istorias.
Depois que chegamos em Goiânia, uma das minhas amigas veio me dizer com os olhos cheios de lágrimas:
Gostaria de ter tido com o meu pai a paciência que você tem com o seu.
Isso porque toda hora ele chegava e perguntava: Já te contei isso minha filha? E eu dizia : Não, pai!
Então ele contava a história toda de novo e eu dava risadas como se aquela fosse a primeira vez.
Fiquei com muita pena dela.
O pai morreu e ela sempre brigava com ele por causa da bebida.
É... a vida tem dessas coisas.
Abraços com carinho,
Sônia Maria
Oi Nena
Linda mensagem...meus filhos são pequenos fico sim pensando qdo este tempo chegar...é duro...mas como todos dizem criamos os filhos para o mundo...
Obrigada pela visita e pela opinião ao meu blog
Boa semana
bjs
Vânia
Olá, Nena!
É amiga, é difícil entender pq não temos a devida paciência com os nossos pais e pq nossos filhos são tão intolerantes conosco. Essa é uma mensagem para muita reflexão. O seu maior valor está no seu conteudo e acredito que o(a) seu(sua) autor(a) não se importaria de vê-la postada em todos os blogs. Como não sabemos a autoria não é crime basta que se requeira e lá estarão os devidos créditos. Eu tive o meu pai brutalmente assassinado numa emboscada no ano de 1991, para a minha querida mãezinha não sinto ser uma boa filha, já para os meus filhos não sou o menor motivo de orgulho. Não é um contra-senso?
Mas que seja. O importante é que estamos vivos e cada dia de vida é uma nova oportunidade que o Senhor do Universo nos concede para nos redimirmos.
Tenha uma semana de muita paz e luz no coração.
Bjs.
Dô.
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